A Sepse (popularmente conhecida como Infecção Generalizada) é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia intensiva (UTI) em todo mundo. Hoje, a doença afeta de 27 a 30 milhões de pessoas no planeta. Destas, entre 6 e 9 milhões morrem, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse.
No Brasil, a Sepse é responsável por 25% da ocupação de leitos de UTI. As características da doença e a falta de informação da população fazem com que os índices de mortalidade em nosso País cheguem a 65% (maiores do que Índia e Argentina).
O Hospital SOS Cárdio tem o combate à Sepse e às Infecções Hospitalares como prioridade. Abaixo, o Dr. Daniel José da Silva Filho (CRM 25741), Médico Cardiologista e Intensivista, explica como a doença acontece e quais as melhores formas de prevenção.
O que é Sepse?
A Sepse é uma emergência médica e pode ser fatal. A doença ficou conhecida popularmente como Infecção Generalizada. Trata-se da via final comum para a maioria das doenças infecciosas, que pode levar ao quadro de disfunção ou falência de múltiplos órgãos.
Como a Sepse acontece?
Quando o organismo do paciente identifica uma infecção, o sistema imunológico desencadeia uma série de reações inflamatórias na tentativa de combater essa ameaça. A Sepse surge quando estas reações do sistema imunológico passam a lesar e prejudicar o funcionamento dos tecidos e dos órgãos da própria pessoa.
Para que isso aconteça, a infecção não precisa estar necessariamente espalhada por todo o organismo do paciente. Muitas vezes, a infecção está localizada em um órgão, como o pulmão, mas o sistema imunológico provoca uma reação inflamatória em todo corpo na tentativa de combater o agente da infecção.
Que tipos de infecções podem provocar a Sepse?
Cerca de 80% das infecções que levam à Sepse são contraídas fora do ambiente hospitalar. A Sepse pode ser provocada por infecções comuns, como:
- Pneumonia;
- Infecções urinárias;
- Infecções abdominais;
- Infecções na pele;
- Infecções em feridas;
- Meningite.
Doenças como a gripe sazonal, a dengue, a malária e a febre amarela também podem provocar Sepse.
Qualquer pessoa pode ter Sepse?
Sim. No entanto, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm mais chances de sofrer com esse problema. Entre elas:
- Adultos com mais de 60 anos de idade;
- Crianças com menos de um ano de idade;
- Pessoas com doenças crônicas do pulmão, fígado e coração;
- Pessoas com Diabetes e AIDS;
- Pessoas sem o Baço.
Quais o sintomas da Sepse?
A Sepse pode ser bastante difícil de identificar. Seus sintomas são comuns à várias outras doenças. Muitos pacientes com sintomas de Sepse não procuram ajuda médica por pensarem que estão com algum outro problema. Eles são encaminhados para os hospitais apenas em situações graves, quando o quadro torna-se difícil de reverter e os riscos de morte são muito altos. Entre os sintomas de Sepse, podemos citar:
- Febre;
- Sensação de confusão e fala arrastada;
- Tremores fortes e dores musculares;.
- Passar o dia sem urinar;
- Falta de ar;
- Sentimento de morte iminente;
- Equimoses, manchas escuras na pele ou pele pálida.
Caso a doença seja identificada, ela deve ser tratada o mais rápido possível. Somente o médico poderá avaliar a situação e prescrever o tratamento mais adequado, com os antibióticos corretos para a situação. O tratamento precoce é muito importante e pode ser decisivo para salvar vidas.
A Sepse pode deixar sequelas?
Sim. Pessoas que passaram por quadros graves de Sepse e conseguiram resistir podem sofrer com perda de dedos e membros, com falta de memória, dificuldades de concentração e com transtornos de estresse pós-traumático.
Como prevenir a Sepse?
A melhor forma de prevenir a Sepse é evitar as infecções que podem dar origem a essa doença. Medidas simples como respeitar o calendário de vacinação das crianças, utilizar instalações sanitárias limpas, ingerir somente água potável e realizar partos em condições de higiene adequadas podem ajudar a prevenir a Sepse.
Como vimos neste texto sobre “Controle de Infecção Hospitalar”, o Hospital SOS Cárdio realiza um trabalho contínuo e integrado entre equipes de diferentes setores para evitar problemas como a Sepse. O protocolo de prevenção à Infecção Hospitalar no Hospital SOS Cárdio envolve:
- Educação continuada de todas as equipes;
- Prescrição de antibióticos de espectro apropriado;
- Trabalhos interdisciplinares que visam melhorar a condição de saúde geral do paciente e reduzir a contaminação do ambiente;
- Cuidados rígidos com a higienização de todo o hospital. Leitos que acabaram de ser desocupados passam por uma completa e rigorosa esterilização.
- Cuidados rígidos com a higiene pessoal de pacientes, familiares e profissionais, para evitar que contaminem uns aos outros.
“O Hospital SOS Cárdio tem o compromisso de atuar de forma ostensiva no combate à Infecção Hospitalar e à Sepse” – Dr. Daniel José da Silva Filho, Médico Cardiologista e Intensivista (CRM 25741).