Marcapasso de His: proteção contra a Insuficiência Cardíaca

Cardiologia

O coração possui um marcapasso natural e uma rede elétrica própria. Essas estruturas são responsáveis por gerar e conduzir a eletricidade que faz o músculo cardíaco contrair e bombear sangue para todo corpo.

Algumas doenças como o bloqueio atrioventricular, a fibrilação atrial ou a doença do nó sinusal podem prejudicar o funcionamento do sistema elétrico do coração. Nesses casos, o implante do marcapasso artificial pode ser necessário. Mas é preciso ter atenção.

“O marcapasso tem como objetivo devolver a segurança e a qualidade de vida ao paciente. No entanto, estudos mostram que cerca de 20% das pessoas que realizam o implante tradicional tendem a desenvolver Insuficiência Cardíaca decorrente da utilização do aparelho” – Dr. André Luiz Buchele d’Ávila, Eletrofisiologista (CRM 4797 / RQE 3689).

“Felizmente, isso pode ser evitado e até corrigido através de uma técnica de  implante diretamente sobre os nervos do coração – o Feixe de His” – Dr. Alexandre Dal Forno,  Eletrofisiologista (CRM-SC 13143 / RQE 18814).

Abaixo, os Médicos Eletrofisiologistas Dr. André Luiz Buchele d’Ávila e Dr. Alexandre Dal Forno explicam as diferenças e os benefícios do Marcapasso de His com relação aos implantes convencionais e à Insuficiência Cardíaca.

Insuficiência Cardíaca

Tanto o músculo cardíaco quanto os nervos que compõem a rede elétrica do coração podem conduzir eletricidade. Existe, porém, uma grande diferença: nos nervos, a velocidade e a homogeneidade dos impulsos elétricos é muito maior. E essa é uma das principais causas de Insuficiência Cardíaca em pacientes com implante de marcapasso convencional.

Nos marcapassos tradicionais, o eletrodo é implantado sobre o músculo cardíaco. Assim, a eletricidade gerada pelo aparelho precisa ser transmitida de célula para célula, provocando um tempo de ativação de até 220 milissegundos.

“Trata-se de um tempo de ativação muito prolongado, que faz com que as paredes do coração contraiam e relaxem fora de sincronia. Em aproximadamente 20% dos casos o coração do paciente não consegue se adaptar a essa nova exigência. Com o tempo órgão tende a dilatar e a perder força, caracterizando o quadro de insuficiência cardíaca” – Dr. Alexandre Dal Forno,  Eletrofisiologista (CRM-SC 13143 / RQE 18814).

A insuficiência cardíaca induzida pelo implante de marcapasso convencional é mais comum entre os pacientes em que o aparelho é responsável por 40% ou mais dos batimentos cardíacos.

“A doença, por si só, é capaz de deteriorar gravemente a qualidade de vida das pessoas. Em pacientes com marcapasso, isso pode ser ainda mais grave. Por isso, pacientes que já possuem a doença ou que apresentam fatores de risco devem optar pela técnica de implante de marcapasso sobre os nervos do coração – o Marcapasso de His”Dr. André Luiz Buchele d’Ávila, Eletrofisiologista (CRM 4797 / RQE 3689).

Marcapasso de His

Quando a eletricidade é conduzida pelos nervos, o tempo de ativação dos músculos do coração é de aproximadamente 80 milissegundos. Isso proporciona um batimento cardíaco mais sincronizado. E é dessa forma que o Marcapasso de His previne e até pode tratar os efeitos provocados pela Insuficiência Cardíaca.

“No Marcapasso de His, o eletrodo é instalado sobre o nervo do coração. Assim, quando o aparelho estimula o órgão – mesmo que em 100% do tempo – a ativação tende a ser natural. Isso protege o paciente contra o risco de Insuficiência Cardíaca”  – Dr. Alexandre Dal Forno,  Eletrofisiologista (CRM-SC 13143 / RQE 18814).

Apesar dos enormes benefícios dessa técnica – especialmente para pacientes jovens, que precisam usar marcapasso por longos períodos – o implante do Marcapasso de His é bastante complexo. Diferente do músculo cardíaco, o nervo é uma estrutura pequena. Localizar e instalar o eletrodo do marcapasso sobre ele exige grande experiência.

“O marcapasso de His pode ser utilizado em aproximadamente 80% dos pacientes. Em alguns casos, a anatomia do indivíduo impossibilita a sua instalação” –  Dr. André Luiz Buchele d’Ávila, Eletrofisiologista (CRM 4797 / RQE 3689).

“Há casos em que os médicos não conseguem localizar o nervo ou em que ele está em uma região muito profunda – o que consumiria grande quantidade de bateria para a sua ativação e reduziria a vida útil do marcapasso” – Dr. Alexandre Dal Forno,  Eletrofisiologista (CRM-SC 13143 / RQE 18814).

A equipe de Eletrofisiologia do Hospital SOS Cárdio é pioneira no implante de Marcapassos de His no Brasil. Atualmente, possui a maior experiência da América Latina na execução dessa técnica.

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