Cardiologia intervencionista e as novas tecnologias nos tratamentos

Cardiologia, Cirurgia Vascular, Hemodinâmica

A cardiologia intervencionista é a especialidade que trata, de forma minimamente invasiva (endovascular), não cirúrgica, as doenças das artérias coronárias, das válvulas cardíacas e dos grandes vasos do corpo .

Com o decorrer dos anos, as novas tecnologias na cardiologia intervencionista têm auxiliado médicos a proporcionar maior expectativa e qualidade de vida para seus pacientes. Por meio de diagnósticos e técnicas inovadoras, é possível  auxiliar pacientes que não podem  ser submetidos a tratamentos cirúrgicos.

Na cardiologia intervencionista os procedimentos são minimamente invasivos. Com isso, a segurança e a  rapidez da recuperação do paciente aumentam, já que não há necessidade de incisões e suturas cirúrgicas, que prolongam a recuperação. Ainda assim, muitos destes procedimentos têm eficácia e segurança comparável aos tratamentos cirúrgicos disponíveis e tradicionalmente realizados.

Para você conhecer algumas das novas tecnologias na cardiologia intervencionista, conversamos com o Dr. Luiz Eduardo Koenig de São Thiago (CRM 4873/RQE 6715), intervencionista do Hospital SOS Cárdio, sobre o que há de inovador na área.

Para que serve a cardiologia intervencionista?

A maior parte dos pacientes são encaminhados para o cardiologista intervencionista após avaliação com um cardiologista clínico. Porém,  alguns passam, primeiramente, pela unidade de pronto atendimento, por apresentarem sintomas que podem ser considerados graves, como dor no peito, ou até mesmo, já estarem infartando.

Apesar de também serem invasivos, os procedimentos  não podem ser considerados cirurgias cardiológicas, pois não são realizados cortes ou costuras durante a execução. Por isso, eles são chamados de percutâneos. 

Este método consiste na punção de uma veia ou artéria para navegação de cateteres, guias e demais utensílios para realização do procedimento requerido. Apesar de inovadores, tais procedimentos somente começaram a ser realizados na prática médica após a comprovação da eficácia e segurança nas pesquisas médicas.

Quais são as novas tecnologias na cardiologia intervencionista?

Por ser uma área com grande fluxo de pacientes e com grande diversidade de doenças a serem tratadas, a cardiologia intervencionista possui inúmeros avanços tecnológicos recentes que permitem oferecer tratamentos eficazes para cada paciente, de acordo com suas necessidades. Conheça alguns deles:

TAVI (Implante Percutâneo de Válvula Aórtica)

O Implante Percutâneo de Válvula Aórtica, ou TAVI, é um procedimento que visa o tratamento de estenose da valva aórtica.

As valvas cardíacas funcionam como portas, permitindo a passagem e distribuição do fluxo sanguíneo dentro do coração. Porém, ao passarem por um processo de calcificação, esse fluxo é dificultado, sobrecarregando o coração. E é aí que o tratamento com TAVI pode ser empregado. 

Antigamente, para correção do problema, era necessário que o paciente fosse submetido a uma cirurgia cardíaca com abertura do tórax. Mas, graças ao implante, essa não é mais a única opção.

Em uma punção na virilha, com a utilização de um cateter flexível, uma prótese compacta é guiada até o coração por dentro de uma artéria. Ao chegar no local onde a valva danificada se encontra, a prótese é expandida e assume o lugar e função da valva.

Apesar de não ser uma grande novidade, este procedimento continua sendo inovador pela sua alta taxa de sucesso, inclusive em pacientes de idade mais avançada, que não poderiam ser submetidos a uma cirurgia aberta, por exemplo.

Mitraclip

O mitraclip é mais uma das novas tecnologias na hemodinâmica. Utilizado no tratamento de regurgitação mitral, é a nova opção dos médicos em casos de pacientes idosos e/ou com comorbidades que não possam passar por intervenções cirúrgicas.

Assim como ocorre no refluxo gástrico, quando a válvula mitral não se fecha completamente, o fluxo sanguíneo volta para o coração. Isso acaba sobrecarregando o órgão e causando sintomas secundários, como falta de ar, fadiga, tontura e batimentos cardíacos acelerados.

Para corrigir o problema e aliviar os sintomas, o mitraclip é implantado no coração por meio de um cateter que navegará da veia femoral, na perna, até a válvula mitral.

Shockwave

O cálcio é o maior inimigo da angioplastia coronária, pois o estágio avançado das calcificações poderia ser um impeditivo na hora de dilatar as  lesões coronárias e implantar os stents. Porém, com o uso de shockwave, até mesmo essas lesões são tratáveis .

O procedimento é feito através de ondas de som pressóricas, inseridas por meio de um balão até o local exato que precisa ser tratado. Tais ondas provocam o amolecimento da lesão causada pelo cálcio e, só então, tratam a lesão coronária. O método é semelhante ao usado para dissolução de cálculos renais.

Quais são os benefícios das novas tecnologias  para os pacientes?

A implementação de novas tecnologias na cardiologia intervencionista trouxeram muitas mudanças significativas, principalmente, para os pacientes. 

Casos que antes não eram considerados tratáveis, como é o caso da regurgitação mitral e da estenose da valva aórtica em idosos com idade muito avançada e/ou com comorbidades, as obstruções coronárias muito calcificadas, hoje podem podem ser tratados de forma minimamente invasiva com grande melhora para o paciente. 

Além disso, as novas tecnologias  que vão chegando aumentam a eficácia com maiores chances de sucesso e melhor recuperação para os pacientes. 

Preocupado com o bem-estar de cada um de seus pacientes, o Hospital SOS Cárdio, pioneiro no atendimento privado em cardiologia em Santa Catarina, está constantemente se atualizando para oferecer as opções mais viáveis de diagnóstico e tratamento para cada indivíduo.

Para saber mais sobre a cardiologia intervencionista, seus tratamentos e instalações, acesse a nossa página de especialidades.

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