Dor no peito: A Estimulação Medular para o tratamento da Angina Pectoris

Neurologia

Angina Pectoris é o termo médico utilizado para definir a dor no peito causada por dificuldade de irrigação do músculo cardíaco (miocárdio). Geralmente é provocada por doenças que geram obstrução das artérias que levam sangue ao coração, as coronárias.

De forma geral, a Angina Pectoris é abordada pelos médicos cardiologistas, que dispõem de inúmeros recursos para tratar a causa da dor no peito e aliviar a mesma. Dependendo do caso, tanto o tratamento medicamentoso, como através de procedimentos percutâneos e cirurgias cardíacas podem ser indicados.

“Há casos, no entanto, em que mesmo solucionando a obstrução da coronária ou quando o paciente não é candidato para a intervenção percutânea ou cirúrgica para doença coronariana, a dor no peito persiste. Uma vez que as possibilidades de tratamento da dor pela via cardiológica se esgotam, pode-se optar pelo tratamento neurocirúrgico, que visa bloquear a percepção da dor no peito e devolver a qualidade de vida aos pacientes” – Dr. Pedro Paulo Marchesi Mello, Neurocirurgião (CRM 20355 / RQE 17285).

Consultando o Neurocirurgião

A dor no peito surge de estímulos enviados pelos nervos. Essa informação de dor é conduzida até o cérebro através da medula, localizada no centro da coluna vertebral.

Quando os tratamentos cardiológicos não conseguem acabar ou reduzir de forma satisfatória a dor no peito, o paciente pode ser encaminhado ao Neurocirurgião. Na primeira consulta, o Médico irá fazer uma avaliação completa do caso do paciente e explicar as alternativas para redução da Angina. Entre elas, a Estimulação Medular para o tratamento da dor no peito.

Estimulação Medular para o tratamento da dor no peito

A estimulação medular para o tratamento da dor no peito é feita através do implante de um eletrodo atrás da medula, exatamente na região responsável por receber e conduzir o sinal da Angina até o cérebro. Uma vez no corpo do paciente, o equipamento passa a emitir sinais que bloqueiam a dor.

“No geral, o implante do eletrodo é feito através de uma pequena punção. Dependendo da indicação médica, o procedimento pode ser realizado apenas com sedação. Há, no entanto, casos em que é necessário realizar a incisão e utilizar anestesia geral. Os sinais emitidos pelo eletrodo fazem com que o cérebro não perceba a dor. Os ganhos para a qualidade de vida são enormes” – Dr. Pedro Paulo Marchesi Mello, Neurocirurgião (CRM 20355 / RQE 17285).

Para que o eletrodo possa funcionar por anos, um pequeno gerador elétrico é implantado junto à pele do paciente. A duração da bateria varia de caso para caso, mas pode chegar a 9 anos.

“A intensidade do sinal emitido pelo eletrodo que bloqueia a dor no peito é programada através de um dispositivo sem fio. E sem a necessidade de novas cirurgias. Assim, caso o paciente venha a sentir novamente a dor no peito – ou alguma outra sensação que se assemelhe a dormências, por exemplo – o médico Neurocirurgião pode regular o sinal emitido pelo aparelho no próprio consultório” – Dr. Pedro Paulo Marchesi Mello, Neurocirurgião (CRM 20355 / RQE 17285).

Pós-operatório

A alta médica após o implante do eletrodo de estimulação medular para bloqueio da dor no peito acontece já no dia seguinte ao procedimento. O paciente sai do hospital com o aparelho programado. No entanto, essa programação inicial pode ser revisada e refeita já na consulta de retorno pós-operatório. A alimentação é normal e não é necessário fazer repouso intensivo.

“Com os aparelhos mais modernos é permitido inclusive que o paciente passe por exame de ressonância magnética. Pacientes com gerador e eletrodo implantados devem carregar uma carteirinha para apresentar ao agente de segurança caso sejam encaminhados para passar por portas de banco e portões de aeroportos” – Dr. Pedro Paulo Marchesi Mello, Neurocirurgião (CRM 20355 / RQE 17285).

Viva mais e melhor! A Estimulação Medular para tratamento da dor no peito pode devolver a sua qualidade de vida. Converse com o seu médico sobre o tratamento. Os profissionais do Hospital SOS Cárdio podem lhe ajudar.   

Sobre o autor: Dr. Pedro Paulo Marchesi Mello (CRM 20355 / RQE 17285) é  Médico, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e Neurocirurgião, formado pela Secretaria de Estado e Saúde de Santa Catarina. Possui título de Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e pelo Ministério da Educação.

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