O coração é o órgão responsável por fazer o sangue circular em nosso corpo. Graças a ele, todas as nossas células recebem oxigênio e nutrientes. No entanto, assim como qualquer órgão, o próprio coração precisa ser nutrido. As artérias responsáveis por isso são as chamadas coronárias. Quando obstruídas, podem causar o infarto. Neste caso, a Angioplastia é o tratamento de escolha.
O infarto acontece quando uma das artérias coronárias obstrui-se agudamente, impedindo a passagem do sangue. Isso significa que parte do músculo cardíaco (miocárdio) não está mais recebendo oxigênio e nutrientes. É o que os médicos chamam de isquemia aguda, que leva à morte de tecido muscular do coração em pouco tempo. A isquemia se apresenta, na maioria das vezes, com a dor no peito, também chamada de Angina.
“As obstruções nas artérias coronárias são causadas por placas de ateroma (popularmente chamadas de “placas de gordura”). Elas limitam ou impedem a passagem do sangue para o coração. Uma vez que o fluxo seja interrompido (no dito popular, veia entupida), o músculo cardíaco pode sofrer um infarto.” – Dr. Luiz Carlos Giuliano (CRM-SC 4551).
Nem sempre as artérias do coração que têm as obstruções mais severas são as que provocam o infarto. Uma lesão moderada em uma coronária pode ser a causa de formação de trombo e levar ao infarto.
Angioplastia em Situações de Emergência
Durante um infarto, o tempo é um fator muito importante. Pacientes que têm a situação revertida em menos de seis horas do início da dor costumam apresentar melhores resultados. Após esse período, a quantidade de células mortas no coração pode ser muito grande e a situação torna-se mais delicada. E é por isso que a Angioplastia é tão importante.
Diante do diagnóstico de um infarto, o paciente é encaminhado para a realização de um Cateterismo. Com este exame, é possível identificar qual a artéria coronária está obstruída e o ponto exato da obstrução.
A partir do Cateterismo, já é dado seguimento com a Angioplastia – o tratamento de escolha para o infarto agudo do miocárdio em todo mundo. O procedimento consiste em inflar, através do cateter, uma espécie de balão no local onde a artéria está obstruída. A intenção é fazer o balão comprimir as placas de gordura e liberar o fluxo sanguíneo. Feito isso, dependendo das condições, podemos realizar o implante de um stent, uma endoprótese expansível de metal que impede que o vaso se feche novamente. Dessa forma, a tendência é que o sangue volte a fluir. O coração pode voltar a receber oxigênio e os sintomas do infarto tendem a desaparecer.
“Casos desafiadores em termos de anatomia e de múltiplas lesões são atendidos pelo hospital SOS Cárdio quase que diariamente”. (Dr. Luiz Eduardo São Thiago (CRM 4873 / RQE 6714)
Recuperação após a Angioplastia
Após a Angioplastia, a tendência é que os sintomas do infarto desaparecem progressivamente.
De forma geral, logo após o procedimento, o local onde foi feita a punção para a entrada do cateter costuma ser comprimido por um curativo que deve permanecer por 24 horas, para evitar sangramentos. Ainda no hospital, os pacientes permanecem conectados a um monitor cardíaco e a um acesso venoso, por algumas horas. O pulso, a pressão arterial e o local da inserção dos cateteres serão verificados frequentemente.
Em geral, os pacientes que passam por uma Angioplastia ficam internados por 24 horas de UTI, dependendo de cada caso. A alta hospitalar costuma acontecer em um ou dois dias, mas isso depende da condição clínica de cada paciente e da avaliação do médico.
Para evitar complicações, o acompanhamento cardiológico é fundamental. Algumas instruções como o tempo de repouso, medicação e cuidados como evitar subir escadas e carregar pesos devem ser respeitadas, para uma boa recuperação. Visite seu cardiologista regularmente e, em caso de sintomas de infarto, procure assistência médica imediata. Se precisar de ajuda, conte conosco!