Tipos de AVC e a importância do tratamento adequado

Neurocirurgia

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) consiste em um problema sério, com forte potencial para causar consequências graves e, por isso, precisa ser tratado rapidamente. Essa condição afeta o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode resultar em danos às células cerebrais e em deficiências permanentes. Neste artigo, o Dr. Franklin Reis (CRM 30512 – RQE 20666), neurocirurgião do Hospital S.O.S. Cárdio, apresenta os principais tipos de AVC e outras informações relevantes sobre o assunto. Continue a leitura para aprender mais sobre essa patologia que requer atenção e cuidados especiais!

Tipos de AVC: AVCH e AVCI

Existem dois tipos principais de AVC: o AVC hemorrágico (AVCH) e o AVC isquêmico (AVCI). Ambos possuem particularidades e detalhes que precisam ser explorados, tendo em vista a necessidade de conseguir reconhecer os sintomas de um AVC e as alternativas de prevenção. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC), os seguintes sintomas são sinais alarmantes de AVC:

  • Fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo;
  • Desvio da rima labial, com a boca torta ao falar;
  • Confusão mental, alteração da fala ou fala enrolada;
  • Alteração da visão, com embaçamento ou visão dupla, em um ou ambos os olhos;
  • Alteração súbita do equilíbrio, da coordenação ou tontura;
  • Dor de cabeça muito forte, súbita, sem história de dor anterior.

Embora os sinais dos dois tipos de AVC sejam semelhantes, as vias pelas quais eles ocorrem são diferentes, conforme você verá a seguir.

AVC Hemorrágico (AVCH) 

O AVC do tipo hemorrágico se dá por meio do rompimento de um vaso sanguíneo, causando hemorragia intracerebral. Essa hemorragia pode ocasionar danos substanciais às células cerebrais, levando a sintomas graves.

Segundo o Ministério da Saúde, o AVC hemorrágico é responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas seu potencial de fatalidade é superior ao potencial do AVC isquêmico. 

Entre as suas principais causas, estão:

  • Pressão alta descontrolada
  • Rompimento de um aneurisma
  • Hemofilia
  • Arritmias cardíacas
  • Radioterapia no pescoço ou cérebro
  • Doenças das válvulas cardíacas
  • Defeitos cardíacos congênitos
  • Vasculite
  • Insuficiência cardíaca
  • Infarto agudo do miocárdio

AVC Isquêmico (AVCI)

O AVC do tipo isquêmico, por sua vez, ocorre quando um coágulo obstrui um vaso sanguíneo responsável por levar sangue ao cérebro. Essa interrupção do fluxo sanguíneo pode resultar em danos às células cerebrais por conta da falta de oxigênio e nutrientes. 

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o AVC isquêmico se divide em quatro subgrupos, que possuem as seguintes causas:

  • AVC isquêmico aterotrombótico: aterosclerose
  • AVC isquêmico cardioembólico: êmbolo causador do derrame que parte do coração
  • AVC isquêmico de outra etiologia: distúrbios de coagulação no sangue
  • AVC isquêmico criptogênico: origem desconhecida

Cuidados especiais com os dois tipos de AVC

Ao perceber sinais de AVC, como dormência facial, fraqueza em um lado do corpo ou dificuldade na fala, é fundamental entrar imediatamente em contato com uma equipe especializada. Além disso, encaminhar-se a um local com tratamento sistematizado, como o Hospital SOS Cárdio, pode fazer a diferença. Equipes experientes estão preparadas para tomar medidas rápidas e eficazes, maximizando as chances de recuperação.

A urgência no atendimento dos tipos de AVC

Em ambos os tipos de AVC, cada minuto conta. O tempo desempenha um papel crítico na minimização dos danos cerebrais e na maximização das chances de recuperação. Se você suspeitar de um AVC em você mesmo ou em alguém ao seu redor, é crucial agir rapidamente.

Por isso, lembre-se: a urgência é crucial quando se trata de AVC. A compreensão dos tipos de AVC, o reconhecimento dos sintomas e a busca por tratamento imediato podem salvar vidas e diminuir os impactos a longo prazo. Compartilhe essas informações com seus entes queridos e não se esqueça de que agir rapidamente pode fazer toda a diferença no processo de recuperação. Afinal de contas, quando se trata de AVC, tempo é cérebro.

Sobre o autor: Dr. Franklin Reis (CRM 30512 – RQE 20666) é neurocirurgião em Florianópolis/SC. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Amazonas, especialização em Dor pela Faculdade de Medicina da USP e título em Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Além disso, atua como membro da Sociedade Brasileira de Medicina Intervencionista em Dor e membro da Academia Brasileira de Neurocirurgia.