Embolização de Mioma Uterino

Cirurgia Vascular

O mioma uterino é um tumor benigno muito frequente, especialmente em mulheres com idade fértil. Ele se desenvolve a partir do crescimento irregular de células do tecido muscular do útero, o miométrio. Os padrões de crescimento dos miomas, no entanto, variam, assim como os sintomas. Eles podem ser lentos, rápidos ou permanecer do mesmo tamanho por anos.

“O mioma uterino não está relacionado com o câncer. Muitas mulheres possuem miomas e não sabem. Elas podem passar a vida toda sem necessitar tratar o mioma e não sofrer com nenhum problema. Outras, porém, convivem com sintomas que prejudicam significativamente a qualidade de vida” – Dr. João Daniel May Serafin, (CRM 10132), Cirurgião Vascular.

Abaixo, o Dr. João Daniel May Serafin (CRM 10132), cirurgião vascular do Hospital SOS Cárdio, explica quais os sintomas e como é realizada a embolização do mioma uterino, o tratamento minimamente invasivo que pode ser indicado para muitas pacientes.

Sintomas do Mioma Uterino

Como vimos, muitas mulheres possuem mioma uterino e não sofrem os sintomas. Por isso, acabam não investigando, nem descobrindo o tumor. Por não se tratar de uma doença maligna, elas podem passar a vida toda com o mioma, sem problemas.

No entanto, especialmente nos casos de miomas maiores, os tumores podem provocar dificuldades para engravidar e sintomas como:

  • Dores no baixo ventre e na pelve;
  • Dores durante a relação sexual;
  • Alterações menstruais como hipermenorréia (excesso de sangramento que pode levar à anemia);
  • Excesso de vontade de urinar e alterações intestinais provocadas pela compressão do mioma sobre a bexiga e o intestino.

“Mulheres com mioma uterino podem apresentar um quadro clínico bem diverso, com sintomas inespecíficos. A tendência, no entanto, é que os sintomas piorem no período peri-menstrual, com cólicas mais intensas.” – Dr. João Daniel May Serafin (CRM 10132), Cirurgião Vascular.

Diagnóstico do Mioma

O mioma uterino costuma ser diagnosticado durante os exames ginecológicos de rotina. O médico ginecologista pode sentir irregularidades na forma do útero, que sugerem a presença de miomas. O profissional ainda poderá solicitar os alguns exames para confirmar o diagnóstico, como:

  • Ultrassonografia transvaginal;
  • Ressonância magnética;
  • Histerossalpingografia
  • Histeroscopia.

Opções de Tratamento

As mulheres que precisam tratar o mioma uterino precisam passar por uma avaliação médica que irá definir qual o melhor método para cada paciente.

Hoje, além do tratamento clínico (que visa controlar os sintomas), é possível fazer a retirada do mioma (miomectomia) por cirurgia. Além disso, em alguns casos pode ser indicado realizar a retirada cirúrgica de todo o útero (histerectomia).

Os métodos cirúrgicos, no entanto, são procedimentos invasivos e, em alguns casos, podem comprometer os planos de engravidar de muitas pacientes em idade fértil. Algumas mulheres com estado de saúde delicado não são indicadas para esse tipo de procedimento. Nesses casos, a embolização do mioma uterino pode ser a solução. O mesmo se aplica a mulheres que não desejam ser submetidas à cirurgia ou remoção do útero.

Embolização do Mioma Uterino

A embolização do mioma intrauterino é um procedimento minimamente invasivo, sem incisões, e que pode ser feito com sedação e anestesia local. Ele pode ser indicado pelo médico ginecologista e realizado por cirurgiões vasculares com treinamento em cirurgia endovascular, como já acontece com frequência no Hospital SOS Cárdio.

Nessa técnica, os médicos não retiram o mioma, mas procuram diminuir o seu tamanho. Para isso, a equipe responsável faz uma pequena punção na virilha da paciente, para ter acesso à artéria femoral. Nela, é introduzido um cateter (um cabo fino e flexível, de alta tecnologia), que é conduzido até as artérias uterinas. Uma vez que o cateter esteja na região próxima ao mioma uterino, os médicos fazem a liberação de microesferas, com o diâmetro maior ou igual aos dos vasos sanguíneos que irrigam o mioma.

As microesferas são feitas com material biocompatível e irão bloquear o fornecimento de sangue para o mioma, que deixará de receber oxigênio e nutrientes. Elas são fixas e não circulam pelo corpo. Dessa forma, as células do tumor param de crescer e podem até regredir – aliviando significativamente os sintomas.

“É comum, após a embolização, verificarmos que os miomas grandes, de 5 cm, passaram a ter a metade do tamanho e que os menores desapareceram. Geralmente, as pacientes percebem uma melhora de aproximadamente 90% dos sintomas.” – Dr. João Daniel May Serafin (CRM 10132), Cirurgião Vascular.

Recuperação

A recuperação após a embolização do mioma uterino é bastante rápida. As pacientes devem passar um período de 24 a 48 horas no hospital, em observação, e retornam para a rotina em poucos dias.

“A isquemia provocada pelas esferas pode fazer com que a paciente sinta algumas dores nos primeiros dias. Cerca de 20% das mulheres também sentem efeitos como queda na disposição, similares ao início de uma gripe, com  febre baixa. Esse quadro costuma desaparecer entre 3 e 5 dias.” – Dr. João Daniel May Serafin (CRM 10132), Cirurgião Vascular.

Após o procedimento, a paciente deverá realizar consultas de retorno com o médico cirurgião vascular que realizou a embolização e com o próprio médico ginecologista.

“A embolização do mioma uterino oferece inúmeros benefícios, mas não é indicada para todas as pacientes – como nos casos de gestantes e de miomas muito grandes, com mais de 10 cm. A indicação para o procedimento deve ser feita apenas pelo médico responsável.” – Dr. João Daniel May Serafin (CRM 10132), Cirurgião Vascular.

A embolização do mioma uterino é um dos procedimentos realizados no Hospital SOS Cárdio. Conheça todas as nossas especialidades médicas e profissionais que atuam conosco.

Faça o download gratuito do e-book:

e-book serviço de oncologia sos cárdio
Perguntas e respostas: Varizes nas pernas

Perguntas e respostas: Varizes nas pernas

Tão comuns quanto as varizes nas pernas são as dúvidas sobre esse assunto. Questões sobre as origens e a relação das varizes com outras doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e os problemas cardíacos (infarto) preocupam muitos pacientes. Além disso, os...