Em entrevista à RIC Record, no dia 13/06/2018, o Cardiologista Dr. Fernando Graça Aranha (CRM 12033 / RQE 5745) fala sobre a influência das baixas temperaturas no aumento da incidência de problemas cardiovasculares. Confira a matéria:
Estudos recentes, feitos na Europa, nos Estados Unidos e também aqui no Brasil revelaram a relação entre o frio e o aumento de casos de doenças cardíacas. Pesquisadores da American Heart Association comprovaram que a incidência de problemas cardiovasculares é entre 20% e 25% maior no inverno, do que em períodos mais quentes.
A exposição à baixa temperatura sobrecarrega o sistema cardiovascular, pois força reações fisiológicas para manter o corpo aquecido.
“No frio, a pressão arterial pode aumentar um pouquinho porque, para o organismo guardar temperatura, os vasos da periferia se estreitam um pouquinho. Isso é um componente importante de aumento da pressão média. Às vezes muito pouquinho, às vezes imperceptível, a maioria das vezes sem dano nenhum, mas para aquele paciente que está descompensado, e que além disso tem uma virose etc, isso pode representar perigo.” – Dr. Fernando Graça Aranha (CRM 12033 / RQE 5745)
O inverno não é um fator isolado para desencadear complicações como arritmias e, até o AVC – Acidente Vascular Cerebral. Pessoas com mais de 60 anos, com colesterol alto, hipertensão, diabetes e fumantes, são mais vulneráveis a desenvolverem doenças do coração. O frio se torna um agravante nesses casos. Com os dias mais gelados, alguns cuidados são essenciais, até mesmo com a alimentação.
“No inverno as pessoas comem mais, mais quantidade, bebem mais e isso também pode gerar a descompensação de doenças. Não dá para colocar a culpa em um ou em outro fator. Mas, colocando tudo isso junto, dá para dizer que esses são os principais motivos para o aumento da incidência de eventos agudos, de descompensações, de internações, no período do inverno.” – Dr. Fernando Graça Aranha (CRM 12033 / RQE 5745)