A endometriose é uma doença que afeta uma em cada dez mulheres no Brasil, podendo causar dor abdominal crônica. Infelizmente, em alguns casos, o diagnóstico correto chega a levar anos. Neste artigo, a Dra. Maria Joanna Burigo Trento (CRM 17422 – RQE 15930), ginecologista do Hospital SOS Cárdio, fornece informações essenciais sobre a endometriose. Você saberá o que é, os sintomas comuns, como diagnosticá-la e as opções de tratamento disponíveis. Boa leitura!

O que é a endometriose?

A endometriose consiste em uma inflamação na qual o tecido do endométrio, que normalmente reveste o útero, cresce fora do seu local de origem. Esse tecido deslocado pode causar diversos problemas e sintomas desconfortáveis para as mulheres afetadas.

Sintomas da endometriose

Os sintomas da endometriose podem variar de leves a graves e incluem:

  • Sangramento uterino aumentado;
  • Cólicas abdominais intensas;
  • Alterações intestinais;
  • Inchaço abdominal;
  • Infertilidade;
  • Dor durante a relação sexual.

Impacto na vida das pacientes

Em geral, a endometriose tem um impacto significativo na vida das pacientes, afetando sua rotina diária, trabalho, relacionamentos e bem-estar emocional. A condição pode causar desde faltas no trabalho e na escola até dificuldades nas relações afetivas, além de dores crônicas.

Diagnóstico da endometriose

O diagnóstico da endometriose envolve uma combinação de fatores, incluindo a história clínica da paciente, o exame físico ginecológico e exames de imagem. Os exames de imagem mais comuns para a detecção da endometriose são o ultrassom transvaginal e a ressonância magnética, que devem ser realizados por profissionais capacitados.

Tratamento da endometriose

O tratamento da endometriose busca melhorar a qualidade de vida da paciente e reduzir os sintomas e focos da doença. Existem algumas opções de tratamento, que variam caso a caso:

  • Alterações nos hábitos de vida, como dieta, exercícios físicos e perda de peso.
  • Uso de anti-inflamatórios, analgésicos e terapia de reposição hormonal.
  • Cirurgia, que é a abordagem considerada o padrão-ouro. No entanto, vale ressaltar que esta opção não é definitiva, tendo em vista que a endometriose não tem cura.

Alternativas complementares

Além das opções acima mencionadas, existem alternativas complementares a serem consideradas no tratamento da endometriose: 

  • Fisioterapia pélvica;
  • Acupuntura; 
  • Acompanhamento nutricional;
  • Suporte psicológico. 

Essas abordagens podem ajudar a complementar o tratamento médico e melhorar a qualidade de vida da paciente.

A importância do acompanhamento médico

Conforme citado anteriormente, a endometriose é uma doença comum que afeta muitas mulheres, causando diversos sintomas desconfortáveis. Por esse e outros motivos, é imprescindível que as mulheres mantenham consultas anuais com seus ginecologistas. 

Ademais, as mudanças que o corpo apresenta sempre devem ser relatadas ao médico especialista em Ginecologia, pois isso facilita a definição do melhor tratamento e impacta positivamente na qualidade de vida das pacientes. Em linhas gerais, o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento.

Cuide da sua saúde! Mantenha consultas regulares com seu ginecologista e relate eventuais sintomas. Se precisar de ajuda, conte conosco! Para saber mais sobre as áreas que atendemos no Hospital SOS Cárdio, acesse a nossa página de especialidades.

Sobre a autora: Dra. Maria Joanna Burigo Trento (CRM 17422 – RQE 15930) é ginecologista e obstetra em Florianópolis/SC. Possui graduação em Medicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense, especialização em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Ernesto Dornelles e R4 em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Uroginecologia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Além disso, concluiu treinamento teórico-prático em videolaparoscopia ginecológica pelo programa WM Cirurgia Ginecológica.