Leucemia: tipos, sintomas e tratamento

Oncologia

A leucemia é um câncer sanguíneo, com uma estimativa de 11.540 novos casos por ano no Brasil, no período entre 2023 e 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso corresponde a um risco estimado de 5,33 casos por 100 mil habitantes, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres.

Ela atinge crianças e adultos, e tanto sua evolução quanto tratamento depende do tipo de leucemia. Neste artigo, você vai entender melhor quais são eles, como o câncer se manifesta, o diagnóstico e as abordagens de tratamento utilizadas. Continue a leitura para saber mais.

O que é Leucemia e quais os tipos?

A leucemia é uma doença maligna que se caracteriza pelo acúmulo de células anormais na medula óssea. Esse acúmulo interfere na produção das células sanguíneas saudáveis, substituindo-as gradualmente.

Ela ocorre quando uma mutação genética atinge um glóbulo branco ainda imaturo, transformando-o em uma célula cancerosa. Essas células doentes passam a se multiplicar de forma descontrolada, prejudicando a produção dos glóbulos brancos saudáveis, dos glóbulos vermelhos e das plaquetas.

A leucemia pode ser classificada de acordo com dois critérios principais: o tipo de célula afetada (linfoide ou mieloide) e a velocidade de progressão da doença (aguda ou crônica). As crônicas se desenvolvem mais lentamente, enquanto as agudas se agravam rapidamente. A partir disso, temos quatro tipos principais da doença.

Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

Afeta as células linfoides e se desenvolve de maneira lenta. É mais comum em adultos (especialmente a partir dos 50 anos) e pode ser diagnosticada de forma incidental em exames de rotina, já que pode não apresentar sintomas no início.

Leucemia Linfoide Aguda (LLA)

Também afeta as células linfoides, mas tem evolução rápida. É o tipo de leucemia mais frequente na infância, embora também possa ocorrer em adultos. A LLA exige diagnóstico precoce e início rápido do tratamento.

Leucemia Mieloide Crônica (LMC)

Acomete as células mieloides e tem progressão lenta no início. Costuma ser diagnosticada em adultos, e o tratamento atual, com medicamentos inibidores de tirosina quinase, tem possibilitado um bom controle da doença a longo prazo, podendo dispensar a quimioterapia em alguns casos.

Leucemia Mieloide Aguda (LMA)

Caracteriza-se pela rápida proliferação de células mieloides imaturas. Pode ocorrer em qualquer idade, mas sua incidência é maior conforme a idade avança. Por se desenvolver de forma agressiva, a LMA exige tratamento imediato.

Causas e diagnóstico da Leucemia

Não há uma causa única definida para a leucemia, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o surgimento da doença. A mutação no DNA que leva ao desenvolvimento da leucemia pode ocorrer espontaneamente ou estar relacionada à exposição à radiação, ou substâncias cancerígenas, certos tratamentos oncológicos anteriores.

No entanto, alguns fatores de risco envolvem tratamentos oncológicos anteriores, histórico familiar de leucemia e doenças hematológicas pré-existentes. O diagnóstico de leucemia geralmente começa com um hemograma completo, que pode revelar alterações no número de leucócitos, hemácias e plaquetas. 

Quando há suspeita, o próximo passo é realizar o mielograma, exame que analisa uma amostra da medula óssea para identificar alterações genéticas, imunológicas e morfológicas nas células. Com esses exames, é possível identificar o tipo exato da leucemia e definir a melhor estratégia de tratamento.

Quais os sintomas da Leucemia?

Os sintomas da leucemia variam de acordo com o tipo e a evolução da doença. Nos casos crônicos, os sinais podem ser mais discretos, enquanto nas formas agudas a progressão é rápida e os sintomas mais intensos. É importante procurar avaliação médica ao identificar esses sinais, principalmente quando eles ocorrem de forma persistente ou sem causa aparente.

 Algumas manifestações de alerta incluem:

  • Fadiga e fraqueza constante: causadas pela anemia, decorrente da redução dos glóbulos vermelhos saudáveis;
  • Infecções frequentes e de difícil controle: devido à produção inadequada de leucócitos (glóbulos brancos) saudáveis, o organismo fica mais vulnerável;
  • Sangramentos e hematomas espontâneos: pela baixa contagem de plaquetas no sangue;
  • Dor óssea ou nas articulações: pode acontecer quando as células leucêmicas se acumulam na medula;
  • Febre persistente, perda de peso e suores noturnos: também podem estar presentes, especialmente nas formas mais agressivas.

Qual o tratamento para Leucemia?

O tratamento para leucemia varia conforme o tipo da doença, a idade do paciente, o estágio em que ela foi diagnosticada e a presença de outras condições de saúde. Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), quando detectada precocemente, as chances de cura podem chegar a 90% nas crianças e 50% em adultos com até 60 anos.

O objetivo do tratamento é destruir as células cancerígenas da medula óssea para que ela volte a produzir células saudáveis. Ele consiste em três etapas: indução de remissão, consolidação e manutenção.

  1. Indução da remissão: fase inicial que busca eliminar as células doentes da medula óssea;
  2. Consolidação: tem como objetivo destruir as células leucêmicas residuais;
  3. Manutenção: visa manter a remissão e prevenir recidivas, ou seja, manter o quadro estável, com os sintomas controlados, evitando o reaparecimento ou agravamento do câncer.

Geralmente, a quimioterapia é a principal abordagem, visando eliminar as células doentes da medula óssea. No entanto, a imunoterapia também pode ser utilizada, estimulando o sistema imunológico a reconhecer e combater essas células anormais.

Em alguns tipos específicos de leucemia, como a mieloide crônica, pode-se usar a terapia alvo, que emprega medicamentos para bloquear proteínas responsáveis pelo crescimento descontrolado das células cancerígenas. Já o transplante de medula óssea é indicado em casos mais graves ou de recaída. Ele pode ser autólogo, quando as células-tronco são do próprio paciente, ou alogênico, quando vêm de um doador compatível.

Tratamento para leucemia no centro oncológico do SOS Cárdio

Mesmo quando a cura da leucemia não é possível, muitos pacientes conseguem viver com a doença controlada, graças aos avanços da Medicina. O acompanhamento com uma equipe médica especializada é essencial para ajustar a terapia às necessidades de cada caso. 

Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a leucemia pode ser enfrentada. Nisso, contar com uma equipe experiente e uma estrutura hospitalar completa, como a do nosso centro oncológico de alta complexidade, faz toda a diferença na jornada do paciente.

No Hospital SOS Cárdio, você encontra um centro oncológico completo, para toda a jornada da uta contra o câncer: consultas com oncologistas, exames laboratoriais e de imagem, infusões, cirurgias oncológicas, internação e pronto atendimento. Além disso, o acompanhamento da equipe multidisciplinar, com nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e dentistas, complementa o suporte aos pacientes. Se você iu alguém do seu relacionamento precisa de cuidado oncológico, entre em contato conosco e agende a sua consulta: (48) 3212-5093 ou (48) 99153-9050 (Apenas WhatsApp).

Conheça o Centro Oncológico do Hospital SOS Cárdio 

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