Tratamento para as taquicardias supraventriculares

Cardiologia

Imagine que você está descansando, relaxadamente. Mas que, de repente, você começa a sentir o coração acelerado. Em situações de nervosismo ou durante a prática de exercícios físicos – quando o sangue precisa fluir mais rápido para levar oxigênio para as células – esse tipo de reação do corpo é normal. Mas, quando acontece durante o repouso, e até mesmo durante o sono, as taquicardias precisam ser investigadas.

As taquicardias são doenças que atingem o circuito elétrico cardíaco e podem alterar por completo a forma como o coração bate. Elas interferem no fornecimento de sangue e prejudicam consideravelmente o funcionamento de todas as células do nosso organismo. Podem ser fatais.

“Durante o repouso, o coração de uma pessoa adulta bate normalmente de 60 a 100 vezes por minuto. A taquicardia acontece quando o coração passa dos 100 bpm sem que a pessoa tenha realizado nenhum tipo de esforço ou sofrido estresse. Sem motivo aparente” –   Dr. André d’Ávila (CRM 4797 / RQE 3689), Diretor do Serviço de Arritmia e Marcapasso do Hospital SOS Cardio em Florianópolis.

É importante frisar que os valores de referência utilizados pelos especialistas para diagnosticar as taquicardias mudam de acordo com a idade do indivíduo – e com diversos outros fatores que somente os médicos cardiologistas, através de exames específicos, são capazes de identificar.

As arritmias cardíacas – entre elas as taquicardias – atingem de bebês a pessoas idosas. Cada faixa etária tem um tipo mais comum de arritmia para aquela idade. O batimento normal de uma criança recém nascida por exemplo, pode passar dos 140 bpm. Já o coração de um atleta de alto nível pode bater apenas 40 vezes por minuto e ser saudável.

Taquicardias supraventriculares

As taquicardias supraventriculares formam um grupo de arritmias que originam-se de disfunções elétricas na parte de cima do coração. Atingem os átrios, as junções entre eles, e a região intermediária entre átrios e ventrículos (Nó Atrioventricular).

Tratam-se de doenças menos comuns do que a Fibrilação Atrial e menos graves do que as taquicardias ventriculares, mas que prejudicam significativamente a qualidade de vida do paciente. Se não forem tratadas com eficácia, podem apresentar quadro evolutivo e tornarem-se mais complexas com o passar do tempo.

Sintomas e riscos

A palpitação é o sintoma mais comum das taquicardias e pode estar associada à faltas de ar, dores no peito e até desmaios. Apesar do risco de eventos cardiovasculares graves ser baixo durante as crises de Taquicardia Supraventricular, a doença possui uma natureza imprevisível.

A longo prazo, a tendência é que o excesso de esforço gerado pela taquicardia durante a vida do paciente provoque um enfraquecimento do músculo do coração. Isso pode levar a um quadro de Insuficiência Cardíaca – um problema crônico, que acontece quando o coração já não consegue mais bombear sangue adequadamente para o corpo.

Nesta situação, os pacientes costumam sofrer com falta de ar na atividade física, fraquezas, náuseas, inchaços e desmaios. A baixa circulação do sangue dentro do coração também pode levar à formação de coágulos e expor o paciente a um risco maior de eventos tromboembólicos, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Tratamento por Ablação

A ablação por cateter é um tratamento curativo, indicado para a maioria dos pacientes com taquicardias supraventriculares. A técnica costuma ser mais eficaz do que o uso de medicamentos tradicionais. Além disso, a praticidade é outro ponto chave: após o procedimento é possível ter alta em até 24 horas e retornar ao trabalho em uma semana. A Ablação é feita em mais de 100 mil paciente por ano em todo o mundo, com muita segurança.

O procedimento de  Ablação é realizado através das veias da virilha, sem cortes no peito, pela introdução de cateteres especiais. Os cateteres são tubos longos e finos, controlados de fora pelos médicos. Eles chegam até o coração e cauterizam, por radiofrequência, as células que estão provocando a arritmia” – Dr. André d’Ávila (CRM 4797 / RQE 3689), Diretor do Serviço de Arritmia e Marcapasso do Hospital SOS Cardio em Florianópolis.

Novos tratamentos

Novos estudos, com diferentes drogas, estão sendo realizados para o combate e controle das taquicardias. Entre os principais, está o que testa a eficácia da autoadministração intranasal de Etripamil – uma substância que interfere diretamente no circuito elétrico do coração – durante as crises esporádicas de taquicardias supraventriculares.

“De acordo com os testes feitos durante as crises, entre 65% e 95% dos pacientes tratados com doses de 35mg a 140 mg de Etripamil puderam reverter as taquicardias em menos de 3 minutos. A maioria dos pacientes tratados (>75%) apresentaram apenas efeitos colaterais discretos como tosse, disfagia e rinorréia”  – Dr. André d’Ávila (CRM 4797 / RQE 3689), Diretor do Serviço de Arritmia e Marcapasso do Hospital SOS Cardio em Florianópolis.

Os estudos oferecem uma perspectiva promissora, mas ainda necessitam de maior investigação científica para serem adotados pela prática médica clínica. Enquanto isso, a ablação continua sendo o tratamento curativo mais eficaz contra as taquicardias supraventriculares. No entanto, para que os resultados sejam os melhores possíveis, o diagnóstico precoce é fundamental.

Priorize a sua saúde. Consulte o médico cardiologista com frequência e verifique como está o ritmo do seu coração. O Hospital SOS Cárdio está a sua disposição.

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