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Tumor na parótida: os benefícios da cirurgia minimamente invasiva

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As parótidas são duas glândulas salivares maiores localizadas na face, próximas a região das orelhas (uma em cada lado do rosto). Elas têm como missão secretar a saliva, que os auxilia na mastigação e deglutição dos alimentos, iniciando o processo de digestão. Cerca de 25% do nosso volume total de saliva é produzido na parótida.

No entanto, assim como diversas outras regiões do nosso corpo, as glândulas parótidas também podem ser acometidas por tumores. Os principais sintomas são:

“Em aproximadamente 90% dos casos os tumores são benignos. No entanto, ao longo dos anos, mesmo os tumores da parótida que não apresentam risco imediato podem se transformar em tumores malignos, e precisam ser retirados. O Câncer nessa região costuma ser bastante agressivo e pode ser fatal” – Dr. Acklei Viana, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CRM 11656 / RQE 11538).

Geralmente, o diagnóstico de tumor na parótida é realizado através de exames de ultrassom e biópsia. Quanto antes o problema é identificado, maiores as chances de cura e menores os transtornos para a vida do paciente.

Abaixo, o Dr. Acklei Viana, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CRM 11656 / RQE 11538), explica como funciona o tratamento e a nova técnica de cirurgia minimamente invasiva para o tumor na parótida que já está sendo realizada no Hospital SOS Cárdio.

Complexidade

Um dos grandes problemas da cirurgia de retirada do tumor na parótida é a complexidade da região da cabeça. O nervo facial, responsável por mover os músculos do nosso rosto, passa por dentro dessa glândula. Lesionar este nervo pode fazer com que o paciente sofra com paralisia facial – temporária, na maior parte das vezes.

“Em muitos casos, o tumor da parótida se desenvolve junto ao nervo facial. Outro problema é que ele precisa ser retirado inteiro, para que o risco de recidivas seja o menor possível. Caso o tumor se rompa durante o procedimento, existe a chance de que ocorra novo implante de células e de que os nódulos voltem a aparecer” – Dr. Acklei Viana, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CRM 11656 / RQE 11538).

Técnica cirúrgica tradicional

Para poder retirar o tumor da parótida de forma íntegra e sem causar danos ao nervo facial, os cirurgiões de cabeça e pescoço estudam profundamente a anatomia e fisiologia da região.

De acordo com a técnica cirúrgica tradicional – usada durante muitos anos com sucesso e, hoje em dia, preferencialmente para tumores maiores do que 3 centímetros – antes de retirar o tumor, os médicos precisam localizar manualmente a exata posição do nervo facial.

“Uma vez que sabemos a localização do nervo facial, podemos realizar o procedimento com tranquilidade. Para isso, contudo, é necessário fazer uma grande incisão da orelha até o pescoço, localizar a origem do nervo na base do crânio e as suas terminações. Somente após isso inicia-se o processo de retirada do tumor propriamente dito” – Dr. Acklei Viana, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CRM 11656 / RQE 11538).

A técnica cirúrgica tradicional exige anestesia geral e costuma durar cerca de duas horas. Apesar dos cuidados com as suturas intradérmicas, os pacientes podem ficar com cicatrizes esteticamente desconfortáveis. A necessária manipulação do nervo facial também faz com que os riscos de paralisia facial variem entre 2% e 3%. Essa paralisia geralmente dura entre 6 meses e um ano, mas também pode ser permanente.

Cirurgia minimamente invasiva

Além de oferecer maior conforto estético, com cicatrizes menores, a cirurgia minimamente invasiva para retirada de tumor na parótida é mais rápida e oferece menos riscos de complicações para o paciente, como a paralisia facial.
Nessa técnica, em vez de localizar o nervo facial manualmente e de ter que manipulá-lo, os médicos utilizam um instrumento chamado Monitor de Nervo. Este aparelho aponta exatamente a localização do nervo facial do paciente e permite que a equipe possa trabalhar de forma mais rápida, precisa e segura.

“Com o monitor, nós não precisamos mais ficar procurando o nervo. Nós localizamos o nódulo na parótida e usamos o aparelho para nos dizer se o nervo passa naquela região. Se não passar, retiramos o nódulo sem problemas. Se passar, nós conseguimos fazer a dissecção e separar o nervo com o mínimo de manipulação possível” – Dr. Acklei Viana, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CRM 11656 / RQE 11538).

A cirurgia minimamente invasiva pode ser realizada em pacientes com tumores de até 3 centímetros. Nesses casos, a cicatriz chega a ter apenas 4 centímetros, o que pode representar ¼ do tamanho da cicatriz da cirurgia tradicional.

O procedimento minimamente invasivo também exige anestesia geral e dura cerca de 40 minutos. Os pacientes costumam não precisar de UTI e retornam para todas as suas atividades normais em 2 semana.

Em resumo, as vantagens da cirurgia minimamente invasiva para retirada do tumor na parótida são:

“A cirurgia minimamente invasiva para retirada de tumor na parótida está sendo realizada no Hospital SOS Cárdio há cerca de um ano, com resultados bastante positivos. No entanto, é importante lembrar que a indicação para o procedimento deve partir do Médico de Cabeça e Pescoço“ – Dr. Acklei Viana, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CRM 11656 / RQE 11538).

Sobre o autor: Dr. Acklei Viana (CRM 11656 / RQE 11538) é médico graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina, com formação em Cirurgia Geral pelo Hospital Universitário da mesma Universidade. Possui especialização em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pelo Hospital Heliópolis, em São Paulo, e é Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. É cirurgião do Hospital SOS Cárdio e atua desde 2014 na equipe NICAP.

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