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Palpitação: importância do estudo eletrofisiológico

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Para entendermos o que é o estudo eletrofisiológico, vamos imaginar o coração como se fosse uma casa. Além dos cômodos (átrios e ventrículos), ele possui um circuito elétrico capaz de fazê-lo contrair de forma autônoma – diferente dos músculos do nosso braço, que precisam de um comando consciente, por exemplo.

O circuito elétrico do coração é ativado pela concentração de eletrólitos (sódio, cálcio e potássio) no organismo. O ponto específico de onde a energia elétrica é disparada é chamado de Nó Sinoatrial. Ele está localizado sobre o átrio direito e é o nosso marcapasso natural.

No entanto, algumas doenças pode interferir de forma decisiva no sistema elétrico do coração. Elas são divididas em dois grandes grupos:

Taquicardia:

Quando o coração acelera sem motivo aparente e ultrapassa os 100 batimentos por segundo. A palpitação é o sintoma mais comum e pode estar associada à falta de ar e desmaios. A fibrilação atrial é a mais comum das taquicardias.

Bradicardia:

Quando o ritmo do coração cai a menos de 60 batimentos por minuto. Falta de ar, cansaço exagerado, tonturas e dores no peito são alguns dos sintomas. Geralmente, são provocadas por distúrbios no Nó Sinoatrial e por bloqueios Atrioventriculares.

Existem, contudo, diversos tipos de taquicardias e bradicardias. Saber exatamente qual delas está causando o problema pode ser decisivo para a qualidade de vida do paciente:

“As arritmias cardíacas podem ser fatais. No entanto, para muitas delas os sintomas são parecidos. O objetivo do exame eletrofisiológico é identificar exatamente qual o mecanismo da doença e indicar a melhor forma de tratamento.” – Dr. André d´Avila, Eletrofisiologista (CRM/SC 4797)

Como funciona

Para maior conforto e segurança do paciente, o estudo eletrofisiológico é realizado com sedação. O médico anestesiologista permanece durante todo o procedimento e monitores cardíacos, de pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória são acompanhados.

Através de uma punção na veia femoral, os médicos eletrofisiologistas conduzem um cateter fino e maleável até as cavidades do coração. Todo esse trajeto é monitorado com o auxílio de equipamentos de imagem radiológica.

Já no coração, os cateteres conseguem captar os sinais gerados pela atividade elétrica cardíaca e registram esses dados em equipamentos especiais. Com isso, os médicos podem avaliar detalhadamente a propagação dos impulsos elétricos no coração do paciente e conseguem decifrar o mecanismo da arritmia.

Vale salientar que o estudo eletrofisiológico é um procedimento de riscos muito baixos.

“Os exames de holter e eletrocardiograma de um paciente com arritmia podem ser bastante normais se realizados fora dos períodos de crises. Eles podem  esconder a doença por anos, permitindo que o quadro se agrave. Já o estudo eletrofisiológico é muito mais detalhado. Ele induz a atividade elétrica do coração e nos permite identificar o que efetivamente está acontecendo, mesmo fora dos períodos de crise.” – Dr. André d´Avila, Eletrofisiologista (CRM/SC 4797).

Depois do Estudo Eletrofisiológico

O estudo eletrofisiológico dura cerca de 20 minutos. Após o exame, um curativo é feito na região da punção, na virilha. Os pacientes devem permanecer em repouso, com a perna imobilizada por cerca 4 horas. A orientação busca evitar a ocorrência de hematomas ou sangramento na região da punção. Na maior parte das vezes, os pacientes voltam para casa no mesmo dia.

Com os resultados em mãos, os médicos eletrofisiologistas indicam, se necessário, o tratamento mais adequado para a arritmia. Entre eles, podemos citar: ablação, uso de medicamentos, implantes de marcapasso e/ou desfibrilador cardíaco. Através do estudo eletrofisiológico o médico tem condições de definir a melhor conduta para cada paciente.

Para saber mais, converse com um Cardiologista Eletrofisiologista. Nós, do Hospital SOS Cárdio, estamos a sua disposição.

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