O implante de marcapasso é um procedimento essencial para muitos pacientes com distúrbios do ritmo cardíaco. Ele consiste na introdução de um pequeno dispositivo eletrônico que ajuda o coração a bater da forma adequada.
Utilizado principalmente em casos de bradicardia – condição em que os batimentos cardíacos estão anormalmente baixos, o marcapasso garante que o órgão continue a bombear sangue com eficiência para todo o corpo.
Continue a leitura para entender como funciona o marcapasso, quando ele é indicado, como é feita a cirurgia e quais são os cuidados necessários no após o procedimento.
Como funciona o marcapasso?
O marcapasso é formado por um gerador de pulsos elétricos e por um ou mais eletrodos, podendo chegar a três. O gerador, conhecido como a “caixa” do marcapasso, é compacto – geralmente menor que uma caixa de fósforos – e pesa entre 20 e 50 gramas. Em seu interior, há uma bateria, circuitos eletrônicos e uma memória que armazena informações sobre os batimentos cardíacos.
Os eletrodos são fios condutores finos, responsáveis por conduzir os impulsos elétricos do gerador até o coração. Cada impulso gerado estimula a contração do músculo cardíaco sempre que o coração deixa de bater por conta própria.
A principal função do marcapasso é identificar quando a frequência cardíaca está abaixo do normal e auxiliar para que retome o ritmo adequado. Nessas situações, ele emite impulsos elétricos para estimular o músculo cardíaco e manter os batimentos em ritmo regular, atuando sempre que necessário para garantir o funcionamento do coração.
Quando o implante de marcapasso é recomendado?
O implante de marcapasso é indicado para tratar condições anormais dos batimentos cardíacos, especialmente a bradicardia, em que o coração bate de forma muito lenta. Essa lentidão pode comprometer a oxigenação do corpo e gerar sintomas como tontura, cansaço extremo, desmaios e até risco de morte súbita.
Normalmente, essa recomendação é para pacientes com frequência cardíaca inferior a 40 batimentos por minuto, que sofrem com pausas cardíacas prolongadas. Além disso, pessoas com insuficiência cardíaca ou arritmia grave, em alguns casos, também são candidatas ao procedimento.
Como o paciente se prepara para o implante do marcapasso?
Antes da cirurgia de marcapasso, o cardiologista solicita exames detalhados para verificar se o paciente está em condições adequadas para realizar o procedimento. Além disso, os medicamentos em uso podem ser revisados, para evitar interferências no ritmo cardíaco.
A internação ocorre normalmente no dia da cirurgia. O paciente deve estar em jejum e com a pele preparada com antissépticos, como a solução de PVPI (à base de iodo), aplicada na região do tórax, onde será feita a incisão.
Como é o implante de marcapasso?
O implante de marcapasso é considerado um procedimento simples e rápido. Em geral, dura cerca de duas horas e o paciente recebe alta em até 24 horas. Durante o procedimento, o paciente é sedado e é aplicada anestesia local. O cirurgião cardiovascular faz um pequeno corte abaixo da clavícula, por onde os eletrodos são introduzidos pelas veias até o coração.
Após testar o funcionamento dos eletrodos, o gerador é posicionado entre o músculo e a pele. Em seguida, a incisão é fechada com pontos. Embora o procedimento ocorra em ambiente estéril, o uso de antibióticos antes da cirurgia pode ser recomendado para reduzir o risco de infecção no local do implante. Na maior parte dos casos, o paciente recebe alta no dia seguinte.
Como é o pós-operatório?
O pós-operatório do implante de marcapasso exige alguns cuidados importantes para garantir a boa recuperação e o funcionamento adequado do dispositivo. Nos primeiros dias, é importante repousar e evitar movimentos bruscos com o braço esquerdo, que fica próximo da região em que o dispositivo foi inserido.
Além disso, atividades físicas devem ser retomadas com cautela, após cerca de quatro semanas, sempre com orientação médica. Também é essencial manter o acompanhamento com o cardiologista, seguindo uma rotina de consultas. Nessas consultas, são avaliados o funcionamento do marcapasso e os ajustes na programação do aparelho, conforme a evolução do paciente.
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Para algumas pessoas, o implante de marcapasso é a solução para ter mais qualidade de vida. O dispositivo reduz sintomas incômodos como fadiga, tontura e desmaios, e devolve ao paciente a liberdade para realizar suas atividades com segurança e bem-estar.
No entanto, cada caso é único. A decisão sobre o uso do marcapasso deve ser feita por um cardiologista, com base em exames e na avaliação clínica individualizada. Para isso, conte com o corpo clínico especializado e a estrutura completa do Hospital SOS Cárdio.
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